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sábado, 25 de setembro de 2010

O iPad e o caminho para a dominação mundial

Reprodução

Desde seu surgimento, o iPad causou várias reações no mercado. De um lado, alguns falavam de uma revolução e apontavam o tablet como uma panacéia computacional. De outro, as críticas iam desde pontos de redundância com tecnologias atuais (principalmente da própria Apple), até indiferença e até aqueles que pregavam seu fracasso e eventual queda para o esquecimento, possivelmente levando junto outros produtos da empresa.

As vendas foram altas, como tradicionalmente para grandes criações da companhia liderada por Steve Jobs, mas são os seus efeitos que estão surpreendendo mais - além de estarem mudando a opinião de alguns e calando outros.
Reprodução / Morgan Stanley

Recentemente, em um estudo da analista Katy Huberty, da Morgan Stanley, revelou uma desaceleração de 4% nas vendas de Notebooks em agosto. O culpado, de acordo com ela, seria o próprio iPad. A correlação é fácil de notar: Após o anúncio do tablet, no final de janeiro, as vendas tiveram um crescimento, seguido de várias baixas, das quais não parece haver previsão de recuperação. De acordo com a analista, o iPad canibalizou 25% das vendas de PCs desde seu lançamento. O número é menor do que os 50% apresentados recentemente pelo CEO da norte-americana Best Buy, Brian Dunn, mas pesa muito mais, considerando o mercado como um todo.

Na prática, de acordo com Huberty, as quedas irão continuar, mas não apenas pela força do iPad, mas de toda a categoria, uma vez que a concorrência também está investindo em seus próprios produtos. Espera-se que os tablets continuem a pressionar os PCs. As previsões de vendas para 2011 cresceram frente a esses novos dados, com projeções apontando 50 milhões de unidades, considerando lançamentos e a expansão das vendas da Apple mundialmente.
Reprodução /  Deutche Bank, IDC

Outro estudo, publicado em agosto pelo analista Chris Whitmore, do Deutsche Bank, apresenta dados igualmente impressionantes - de acordo com ele, incluindo as vendas do iPad a Apple já alcança o terceiro lugar no mercado de computadores portáteis, abaixo apenas da HP e Acer. Concordando com Huberty, seus estudos apontam também uma canibalização da concorrência e uma previsão de continuidade da tendência.
Reprodução /  Deutche Bank, IDC

Do ponto de vista do usuário, não é difícil supor o porque desse sucesso. Piadas à parte, é fato que, além de todas as funções do iPhone (exceto, claro, telefonia), o iPad mostrou-se um agregador de tecnologias e opções de modo que nenhum PC portátil tenha feito até o momento. A interface de fácil utilização, assim como o design de forte apelo acompanham todos os programas que os usuários de um portátil geralmente procuram, além de games e brincadeiras, tudo com o conforto da tela sensível ao toque. O formato e o tamanho ainda adicionam valor, sendo mais versáteis do que muitos notebooks e netbooks, além de superior para usos como digitação, em comparação a seus “primos” menores.
A aproximação do iOS 4.2 também traz novas possibilidades, como o muito desejado multitasking, assim como a função de pastas, aprimoramentos em conectividade, acessibilidade, e-mail e navegador. Um sinal forte também foi visto em agosto, quando a agência de notícias BBC, do Reino Unido, divulgou que estariam implementando o uso de iPads para os funcionários, entre outros aparelhos, a fim de eventualmente substituir os desktops e laptops. Para eles, a portabilidade seria uma vantagem acima de qualquer outro computador.

Vale lembrar, por fim, do outro lado da questão, que até o momento não aparenta ser uma preocupação para a Apple - supostamente, junto do canibalismo dos PCs, o iPad também estaria canibalizando os Macs, de acordo com Huberty. Há quem aponte isso como parte do processo do crescimento do tablet, e aqueles poucos que acreditam que isso seja a ponta de um iceberg, um sinal de desgraças no caminho da Apple. Agora é esperar para ver a verdade, mas ao que tudo indica, o sucesso será maior que qualquer perda que a Maça suportar.

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